QUASE NÃO VIVO - uma ideia para o cinema.

Um rapaz e uma moça se amam, sem sequer terem se visto

pessoalmente.

A jovem é estudante; o rapaz é... bom, o rapaz recém saiu de uma sociedade.

Conheceram-se apenas através das redes sociais. Infelizmente, o destino os separou, ficaram sem se falar durante 5 anos. Imbuído pelo mais puro sentimento de amor, eis que o rapaz resolve criar um roteiro para contar a história de ambos, que é escolhido para o cinema. Vendo o filme depois de pronto, a moça se reconhece na tela e procura estabelecer contato novamente. Os dois se reaproximam. Temos um filme dentro de um filme.

O filme acaba com o rapaz mostrando um apartamento para moça, que não imagina o que é. Eles sobem o elevador, a Camera focalizada apenas no rosto dela, num plano fechado. Abrem a porta, adentram o apartamento. Em nenhum momento mostra-se o apartamento, apenas o rosto da moça. Sob a trilha sonora de “Debbie”, de Michel Nyman, ela percorre todo o apartamento com os olhos, movimentando-se enquanto o observa. É quando o rapaz diz: “Queria muito que você morasse aqui comigo”. “Casa comigo?”

A câmera também não o focaliza, continua fixa no rosto da moça; ela mantendo-se a observar o apartamento. Através de sua expressão corporal e gestos, percebemos a emoção que sente até levar às mãos ao rostos, chegando às lágrimas. É quando sua emoção alcança o ápice; nas suas expressões o público apreende a resposta. A camera dá um zoom no rosto dela, numa referência, claro, ao final magistral de Os Incompreendidos, de Truffaut.

**O crédito mostra fim**

*De fato, Bazin tinha razão: a verdadeira função do cinema é transformar o mundo real, em um em mais harmonia com nossos sonhos e desejos.

Quanto a minha vida, ela é como um filme... um filme francês.

Dave Le Dave II
Enviado por Dave Le Dave II em 25/09/2021
Reeditado em 25/09/2021
Código do texto: T7349926
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