Felizes demais!
Gosto do teu sorriso bobo.
Gosto ainda do sorrateiro;
do cúmplice, do safado e
sagaz.
Gosto de te perceber
desmanchar...
Não com o carinho
que digo, nem o que
faço – pois não há
toque,
não há encontro.
Mas o carinho que
percebe nas entrelinhas,
em cada reticência,
cada vírgula ou mesmo
no tom da minha voz
inaudita.
Na tua memória, tens
o meu olhar que,
ao tempo que se
deslumbra ante a
tua presença,
te diz que além disso e,
dos meus, dos seus,
dos nossos escritos,
não posso ou poderei
te oferecer muito mais.
E, apesar dos fatos,
estamos em paz,
felizes demais!