Solaris a voz dos ares de minha solidão.

Quando estou só,

Penso em tudo que poderia fazer,

Se, por um acaso, estivesse, estivesse, estivesse.

Se estivessem estes versos versando apenas a solidão,

Vestidos estariam versejando o coração,

Tecidos ao vento que versariam o bocejar da leveza da paixão.

Tablatura de ritmos,

Ondulações de minha visão: toque de tuas mãos.

Se estes versos vestidos estivessem,

Versáteis versos seriam,

Ousados, embriagados por tua saliva,

Carícias em tua pele, saudade, sangria.

Pele que o vento segue,

Brincante sorriso que me chama a chama da chama,

Início da chama vida que afaga minh'alma.

Teu olhar: solaris a voz dos ares de minha solidão.

Xamã, Redenção.

Mesmo vestido, estou nu.

Estou só, contemplo teu vestido vazio.

Deite-se.

Quero desenhar tua pele em minha mente,

Versejar a tua pele na leveza da levedura que me embriaga.

Penso em tudo que poderia fazer,

Se, por um acaso, estivesse, estivesse, estivesse.

Tablatura de ritmos,

Ondulações de minha visão,

Solaris a voz dos ares de minha solidão.

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 17/09/2021
Reeditado em 17/09/2021
Código do texto: T7344579
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