Solaris a voz dos ares de minha solidão.
Quando estou só,
Penso em tudo que poderia fazer,
Se, por um acaso, estivesse, estivesse, estivesse.
Se estivessem estes versos versando apenas a solidão,
Vestidos estariam versejando o coração,
Tecidos ao vento que versariam o bocejar da leveza da paixão.
Tablatura de ritmos,
Ondulações de minha visão: toque de tuas mãos.
Se estes versos vestidos estivessem,
Versáteis versos seriam,
Ousados, embriagados por tua saliva,
Carícias em tua pele, saudade, sangria.
Pele que o vento segue,
Brincante sorriso que me chama a chama da chama,
Início da chama vida que afaga minh'alma.
Teu olhar: solaris a voz dos ares de minha solidão.
Xamã, Redenção.
Mesmo vestido, estou nu.
Estou só, contemplo teu vestido vazio.
Deite-se.
Quero desenhar tua pele em minha mente,
Versejar a tua pele na leveza da levedura que me embriaga.
Penso em tudo que poderia fazer,
Se, por um acaso, estivesse, estivesse, estivesse.
Tablatura de ritmos,
Ondulações de minha visão,
Solaris a voz dos ares de minha solidão.