DE DENTRO PRA FORA

Quando garoto, intimamente, ocorreu-me que estava tentando encontrar hipóteses sobre o que as pessoas pesavam, e porque faziam o que faziam resultando em diferentes desfechos e, como elas poderiam reduzir o que pesavam em algum tipo de pergunta muito simples que fosse suficientemente completa e importante para a própria evolução de conhecimento geral com consequências paralelas.

Ao longo da nossa experiência buscamos interrogar a realidade. No entanto, toda a síntese de todo o conhecimento humano não redundaria em quantidades sem fim de livros guardados em inúmeras bibliotecas e informações armazenadas em servidores, pois não existe mais valor em quantidade, em explicação. É preciso apenas perguntar.

Mas precisamos expressar, perguntar, mesmo sem respostas, sem explicações, que inevitavelmente, mesmo se forem respondidas, não podem levar-nos mais longe do que estamos no momento, um extremo, pois não há uma explicação, uma descrição, nem sabemos como considerá-la. Porque parece que tudo já foi dito, tornando a explicação numa descrição, uma definição sem solução.

Não há diferença, somente o critério da pergunta propondo a natureza geral do universo necessário para desvendar o fato. O que parece importar é a novidade da pergunta em si, para salientar questões ainda desconhecidas como tais para si mesmas, não a resposta para ilustrar a verdade.

É um dilema. O argumento mais racional é manter o silêncio prolongado, e a introspecção, porque não tenho certeza se consigo encontrar a resposta aproximada da verdade, nem sei mais se ela pode ser encontrada, pois já não sei o que representa um fato, e o que simplesmente foi inventado. Um triste e assustador estado de coisas.

Num mundo espontâneo onde a lei natural é a verdade e compreensão, e tudo o mais é erro, nascemos numa condição humana de conflito eterno de insanidade de um legado de ensinamentos de gerações passadas que limitam o saber, o enriquecimento pessoal, o bem-estar e a tranquilidade através do poder e do industrialismo e comércio controlador.

No entanto, o que nos torna eficazes não são nossas inteligências individuais, embora haja pessoas muito inteligentes, mas a nossa inteligência é coletiva e comunitária. Entretanto, temos o poder de destruir a nós mesmos sem a sabedoria para garantir que não o faremos.

A partir de nossa experiência, à proporção em que nos informamos sobre a história e dominamos a permuta de prover e receber da comunicação, demonstrando um tema, argumentando-o para definir e distinguir com clareza os assuntos e conceitos a respeito do mesmo, podemos participar da busca racional através da reivindicação universal da crença pela aproximação mais próxima possível da verdade da Natureza.

Em nosso sentimento de composição inspirado no que pensamos, antecipamos o produto intuitivo da nossa inspiração, relacionando a linguagem com o assunto que nos propomos descrever buscando o senso comum e a compatibilidade sem personificar nem exacerbar a nossa narrativa.

Ao escrever, devemos exercitar a nossa inteligência emocional para alcançar um clima de serenidade necessária para entender as nossas emoções, trazendo maior compreensão a alguns dos momentos mais perturbadores de nossas próprias vidas e do mundo ao nosso redor, não permitindo que o sentimento ultrapasse a racionalidade, a fim de podermos dominar nossas emoções e trazer conhecimento contra os efeitos das coisas que olhamos, para absorver o impacto que altera o que observamos.

A nossa inteligência inata e primitiva, composta do instinto da linguagem inconsciente do corpo, que nos fala o dialeto dos impulsos e das necessidades físicas, e da intuição da comunicação inconsciente da alma, que nos fala o dialeto dos símbolos e das imagens das afirmações da alma que utilizamos de forma intercambiável ou no mesmo contexto, nos confidencia intimamente quando nos aproximamos de uma conclusão aceitável.

Ao nos afastarmos das imagens e símbolos de nossa voz interior do instinto de sobrevivência, que nos traz a sensação natural de defesa ou a resposta de nos esquivarmos quando sentimos o perigo, ou o desejo primordial de buscar o prazer e evitar a dor, nos distancia de nossas origens espirituais que transcendem as limitações desta dimensão tempo espacial.

Escrever da pena do coração para o papel, é o único caminho para chegarmos ao nosso Eu sincero, que nunca será acessível através do intelecto puro, da razão ou do pensamento analítico.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 16/09/2021
Código do texto: T7343737
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