Um (amor) bobo.

Devo ser um amor bobo.

Deslumbro-me com pequenos gestos,

que enxergo enormes.

Um amor bobo, eu.

Que se apaixona ao cair do luar

e está ainda acordado,

sonhando ao raiar do dia.

Um amor, que se declara

mesmo quando mudo,

transbordo, expando... me

inundo.

Declaro-me também quando

emudeço,

ou finjo não te ouvir,

fazendo um barulho absurdo

dentro do meu peito.

Um amor bobo, que quando

não vara a noite,

já acorda pensando em

você.

Um amor bobo,

que celebra sua presença,

mesmo quando só em

meu pensamento.

Bobo a ponto de sentir

aquecer o coração ao

ouvir a menção do teu

nome.

De nada adianta fugir.

Mesmo quando sumo,

sua voz aqui dentro é

suco, derramando o

vazio que há em mim.

Tolo amor que segue

sozinho mesmo te

querendo bem um

tanto assim.

nouvellelune
Enviado por nouvellelune em 16/09/2021
Reeditado em 16/09/2021
Código do texto: T7343596
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