Um (amor) bobo.
Devo ser um amor bobo.
Deslumbro-me com pequenos gestos,
que enxergo enormes.
Um amor bobo, eu.
Que se apaixona ao cair do luar
e está ainda acordado,
sonhando ao raiar do dia.
Um amor, que se declara
mesmo quando mudo,
transbordo, expando... me
inundo.
Declaro-me também quando
emudeço,
ou finjo não te ouvir,
fazendo um barulho absurdo
dentro do meu peito.
Um amor bobo, que quando
não vara a noite,
já acorda pensando em
você.
Um amor bobo,
que celebra sua presença,
mesmo quando só em
meu pensamento.
Bobo a ponto de sentir
aquecer o coração ao
ouvir a menção do teu
nome.
De nada adianta fugir.
Mesmo quando sumo,
sua voz aqui dentro é
suco, derramando o
vazio que há em mim.
Tolo amor que segue
sozinho mesmo te
querendo bem um
tanto assim.