ESCREVER TAMBÉM FAZ DOER
Conceição Evaristo já dizia e diz que "escrever é uma maneira de sangrar"...
Deixar sair o existe dentro de nós,
dores ou alegrias, tudo ganha corpo, palavra, poema, poesia.
Eu compactuo com a afirmativa:
Escrevo sangrando.
Dói falar de algumas memórias. Algumas lembranças são cortantes como navalha, mas há necessidade de expressa-las para entender e curar a dor.
A saudade que sufoca o peito.
O adeus que não pude dar e nem consigo ainda dizer.
A teimosia de insistir no medo que já não existe razão de ser.
Aqui estou me despindo em palavras, soluçando entre tantas emoções, procurando escrever sem deixar doer , são tantas coisas, o coração fica miudinho.
Tento desatar o nó preso na garganta, com calma.
assim, deixo fluir o rio que desagua em meu rosto.
Tento não chorar, mas é impossível!