Momentos raros de extrema solidão
A vontade de tristeza veio-me como uma surpresa, nesse dia estava como todos os outros: as mesmas frustrações, os mesmos arrependimentos, os mesmos desejos e as mesmas tristezas. Ver que é possivel ser tão grande ao ponto de ser inferior à todos, machuca. Promessas já não são mais pronunciadas, a esperaça parece que está ocupando um lugar próprio num vazio esculpido por lágrimas. Sentimento de choro me veio com uma canção, canção essa que me traz uma recordação sofrida, um momento que poderia ser evitado, que poderia ser esquecido. Moro em uma caverna escura, fria e úmida, resultado das eternas chuvas que por lá constantemente caem. Não tenho mais motivos para sorrir pois vivo em um ambiente onde eu proporciono felicidade, arranco sorrisos e gargalhadas de um público que pagaram para me vez sofrer; às pedradas em formas de aplausos são um elogio em um mundo feito o meu. Desde criança dormia às lagrimas, tristeza essa que me acompanha desde menino, desde menino. Como estou me sentindo fraco agora. As vezes paro para pensar e me pergunto por que nasci assim, um ser mesquinho e ignorante, que automaticamente afasta todas as pessoas que por ele fariam de tudo, que por ele fariam de tudo... A chuva iniciou uma paisagem em minha imaginação, uma paisagem linda, um campo verde onde neste crianças corriam, uma familia vivia em paz, longe de tudo, londe da cidade grande, longe de tudo. A semente irá crescer dentro de dias e eu estou achando que não terei capacidade para cultiva-la, sou fraco, imaturo e ignorante, resultado de uma inteligencia incompreendida, uma inteligencia irracional. Não tenho amigos, burros, ignorantes não sabem aproveitar suas possibilidades, burros querem os dos proximos, burros querem sofrimento. Não tenho amigos por opção própria, salvo alguns, salvo aqueles que pelo menos tentam me compreender. Agora está na hora de dormir, para acordar dentro de sete horas e iniciar uma nova fase da depressão. Para aqueles que nunca vão ler esse texto, boa noite.