O eu e as palavras...

Não escrevo desde sempre, comecei a pouco tempo pegar esse gosto por colocar em palavras os meus pensamentos...

Mas elas, as palavras estavam em minha vida já a muito tempo!

Elas assim se fizeram presentes nos livros.

Foi através delas que aprendi muitas coisas e obtive mais repostas das minhas dúvidas do que com pessoas ao meu redor.

E muitas coisas foram através de revistas, livros...e assim também, a transpassar através delas, meus sentimentos.

É com elas que desabafo.

É com elas que converso...

Só elas tem a total noção do que penso e sinto!

E me são de grande valor!

Apesar de que, para muitos hoje em dia, as nossas palavras não tem valor ou importância alguma...

São só palavras jogadas ao vento!

Sinto um amor imenso pelas minhas minhas palavras, e quando desacreditadas, me deixam bem chateada, pois elas são tudo que tenho...e sou!

Jogar fora as minhas palavras, me dói no peito!

Então, estou cada vez menos as usando em vão...

Só mesmo para ou com quem as merece e acredita nelas.

Porque se for para ter que usá-las repetidamente, para convencer ou justificar o óbvio, é melhor guarda-las para mim...

... não me aborreço, nem gasto meu repertório de palavras guardadas com carinho.

Assim é meu caso de amor com as palavras, como a uma total entrega entre amantes, onde se mistura braços-pernas-beijo-corpo numa repetitiva entrega...

Mas não me sinto satisfeita ainda, as palavras me parecem vazias, opacas, turvas e inconsistentes, a ponto de eu querer inventar uma nova, uma palavra única que sozinha traduza o que sinto, penso.

No meu dicionário de palavras especiais, o amor sempre será a palavra-base,

a palavra-sentimento,

a palavra-vida,

a palavra-palavra escrita da minha alma e dos meus sentidos.