Quem poupa a vara odeia seu filho
“Quem poupa a vara odeia seu filho; mas quem o ama, prontamente o corrige”. (Provérbios 13: 24)
Esse deve ser o versículo bíblico mais usado para justificar o uso de castigos físicos aos filhos. Afinal, seria o próprio Deus autorizando a “dar umas boas varadas no filho como forma de educação”.
Só que a “vara” do versículo é o instrumento que o pastor usa para guiar suas ovelhas pelo caminho correto; é o cajado usado para resgatar a ovelha desgarrada; o cajado usado para defender a ovelha de ataques de predadores. Portanto, a vara é um instrumento para proteger, guiar e corrigir.
Este provérbio nos diz que o pai que não guia seu filho, não o corrige e não o protege, na verdade não o ama, mas o pai amoroso desde cedo corrige o caminho do filho, quando ele desvia-se da retidão. Esta “vara” é a própria palavra de Deus, nossa proteção contra o mal, nossa bússola para o caminho do amor e da retidão, que tanto nos guia como nos corrige quando andamos por caminhos errados.
Imagine um pastor saindo para pastorear sem seu cajado. Não conseguirá proteger seu rebanho dos predadores, nem conseguirá guiar seu rebanho pelo caminho correto, nem conseguirá resgatar os perdidos. É um pastor descuidado e sem amor pelo que faz. Porque amar é cuidar, é guiar, é proteger, é corrigir.
Por isso, pais, “não poupem a vara”! Guiem seus filhos pelo caminho do bem, protejam seus filhos do mal, e corrijam seus filhos quando eles precisarem ser corrigidos, como um bom pastor faria. Como Deus faz conosco sempre que precisamos. Amém.