A ciência
Penso na crítica de Nietzsche a toda forma de moral inata, dado o conveniente para os fortes, a posição de prestígio favorecido pelo tempo. Temos com isso o conceito de valoração, e podemos resgatar a filosofia na renascença com um autor chamado Erasmo de Roterdã, por exemplo, onde estará explícito em sua obra educação, a diferença entre o que convém e o que deve, esse deve seria o quê? O imperativo categórico produto de uma dedução lógica em relação ao coletivo? Do sujeito responsável pelo marco na civilização moderna, a morte de Deus? Sim, e não, este deve pode ser muito bem a noção de certo e errado que sempre existe em qualquer justificativa moral, haja vista, isto; sempre há um sistema de crenças, mesmo que não tão complexos. Se nos atermos aos tipos de niilismo definido por Nietzsche, veremos que o da ciência é reativo, haja vista, as funções de entrada da ciência, certas concepções estéticas iluministas, outrora gregas, há certas semelhanças, o naturalismo, certo empirismo e o indutivismo, claro, a grosso modo, porém, se fizermos o percurso de Bacon, Popper, e Kuhn, veremos que a ciência toma posse de um método próprio, o hipotético-indutivo, diferente do indutivismo ingênuo, onde geraria equívocos, pois nossa experiência assumiria logo a sensação, pois parece certeza se não interpretada tal receptibilidade da informação através de nossos sentidos e juízos a priori, mas não precisamos admitir ao todo a epistemologia de Kant, e se pensarmos através da ótica de T.Kuhn veremos que a ciência se constitui através de rupturas de paradigmas cuja as bases estão em interdependência com o desejo do coletivo impulsionado pelo viés da crença _ vide a diferença entre desejo e gozo. O princípio de falseabilidade de Popper delimita o que é uma teoria científica, deixando as opções de ser uma conjectura, hipótese ou pseudociência, se pensarmos no tempo como o grande mestre da dança do que constitui a verdade, tal pressuposto lógico se mostraria equivocado, haja vista, a utilização ipsis litteris da física clássica e de noções em moral e estética que permanecem constantes mesmo tendo a opção de gozo e as ações para tais, digo, as subversões, além de termos conhecimentos pontuais delimitado pelo senso comum (T.Reid), e observando não só a validação do conhecimento científico sobre a natureza, mas também que ela é cosmos ou se posso dizer, logos (mais próximo da concepção de Heráclito), haja vista, não só as premissas em epistemologia que a ciência adota, mas a utilização de derivados diretos de sua teoria, digo, as tecnologias, seria pernicioso (ou diria perverso?) se negar a tais reflexões. Para concluir, o real parece existir, parece ser ordenado e atendo-se as observações supracitadas parece mais provável não ser fruto de um córtex procurando significados e observando um artigo recente que aponta a probabilidade de o universo ser todo determinado, pergunto, o que tudo isso implica?