INFÂNCIA À VELHICE
Quando infância, no calor do colo materno
sentimos toda afeição do amor.
E ainda na infância buscamos a independência
de andar com os próprios pés.
Mas na primeira chance dada
logo o colo passa a ser segundo plano
e correr jaz o nosso plano primeiro.
Não se pode levar a sério uma criança
com pouca idade,
tampouco fazer de sua vida uma autobiografia.
Deve-se deixar a juventude manchada com porres de vinho, taças de champanhe, refrigerante diet
ou com as drogas lícitas das farmácias.
E quando adulto é onde se descobre o adultério
mais letal: o adultério de si.
A tal altura, o vinho pode ser borras de café,
cervejas sem álcool ou comida vegana.
Ninguém pode ser levado a sério quando criança
nem quando adulto,
muito menos
na velhice.