INFÂNCIA À VELHICE

Quando infância, no calor do colo materno

sentimos toda afeição do amor.

E ainda na infância buscamos a independência

de andar com os próprios pés.

Mas na primeira chance dada

logo o colo passa a ser segundo plano

e correr jaz o nosso plano primeiro.

Não se pode levar a sério uma criança

com pouca idade,

tampouco fazer de sua vida uma autobiografia.

Deve-se deixar a juventude manchada com porres de vinho, taças de champanhe, refrigerante diet

ou com as drogas lícitas das farmácias.

E quando adulto é onde se descobre o adultério

mais letal: o adultério de si.

A tal altura, o vinho pode ser borras de café,

cervejas sem álcool ou comida vegana.

Ninguém pode ser levado a sério quando criança

nem quando adulto,

muito menos

na velhice.

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 25/08/2021
Reeditado em 09/09/2021
Código do texto: T7327920
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