Onde Chegara o Homem?

Na historia humana não tivemos evolução, alias a involução é cotidiana!

Para sobreviver o homem tem que criar seu próprio mundo, fantasiado de belas paisagens e momentos falsos de aceitação.

Fantasiamos a realidade, pois não há escapatória para nosso pensar, somos aquilo que determina o mundo e que determinamos para o outro, onde o tempo deixou-se esvanecer do que enxergamos.

No mundo que fantasiamos em nosso pensamento, todos somos iguais, mesmo diante das diferenças da existência.

Não há assim diferença possível ao homem diante do cotidiano, do trabalho, das festas, das bebidas e da realidade, somos a própria hipocrisia!

De qualquer forma nossas atitudes continuam a mostrar que inaceitável é justamente o outro, diante da própria vontade, ou da falta dela, resolvemos que há sempre e apenas no outro equivoco, e o fastidioso esta sempre ao lado contrario do objeto que determino ser.

A comedia humana é maior do que a própria percepção da tragédia que isso significa, pois buscamos falar outras línguas sem ao menos conseguir nos comunicar com nossos pares, almejamos conhecer os números sem entender o que significaria isso para quem o utiliza, almejamos a diversidade cimentando, ficamos rígidos em nossa própria limitação sem entender a liquidez da limitação de cada existência.

Assentamos sempre nos mesmos bancos, dos mesmos formatos e julgamos assim sermos superiores do que a outra parte que prefere desentoar sua própria insignificância, buscando assegurar-se mediante o outro determinado, pois somos todos iguais.

Somos a própria desapropriação do que mussitamos, somos justamente o que assentamos no outro.

As bundas são as mesmas, pois somos iguais, mas determinamos diferenças entre o que sai delas.

De uns são mais leves e corriqueiras, de outras são mais pesadas, de outras ainda são apenas mais chatas.

Dependendo do momento logicamente, fracionamos o todo diante da euforia momentânea, de nossos corpos em decomposição, alterados pelo estimulante do decurso, julgamos o excremento.

Somos eufóricos, sujeitos da bem aventurança das vontades e dos sentimentos que nos dominam, que deixamos nos dominar, que drogamos cotidianamente para ter fé.

Julgamos que o bamburrio só pode vir daí, pois de bundas diferentes, saem coisas diferentes!

Chafurdados na excreção do outro somente para poder lavrar aquilo nos negamos a ser em nosso pensamento calunioso da realidade.

De qualquer forma é do outro que pronunciamos! Pois cada gesto, momice do desigual, vemos justamente aquilo que determinamos não ser, mas fomos, onde o tempo deixou-se esvair eternamente.