Albor

Assisto ao sol que transpassa minha janela... tão dourado!

Entreouço os veículos que fatigam o asfalto

E ofuscam a luminosidade do astro rei cotidianamente raro

Inputs auditivos matinais

Cada um guiado por um ser vivo

Muitos nem humanos, nem vivos

Sobrevivendo com a esperança de um dia viver

O relógio corre. O céu abre os olhos. São 05h55.

Paro para ouvir a natureza

Intimissimamente ela me chama

É hora do despertar

Transbordo na escrita

O barulho da rua aumenta

Já sinto falta do árduo e prazeroso silêncio

Ouço-o dentro de mim

Buzinas... batidas...

A claridade aumenta

Resplandeço com o renascer solar

Em qual estágio já nos encontramos?

Taciturnamente experimento o sabor da solitude

A mais deliciosa

Ela anseia pela companhia difícil de um ser fácil

Desejando o gás do viver

No alcácer da solidão...

Silêncio. Um grito.

Lindy A
Enviado por Lindy A em 18/08/2021
Reeditado em 25/08/2021
Código do texto: T7323574
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