Carta do além
O Covid não me matou
Pois meu "eu" já estava morto a tempos.
O meu “eu” morreu
Quando vi meu pai bater em minha mãe
Quando perdi um grande amor
Quando fui espancada
Quando vi pessoas passando fome
Quando vi um animal morto por diversão
Quando a inveja tomou conta das pessoas
Quando vi que todos eram atores
Meu “eu” morreu
Quando entendi
Que estava sozinha no mundo
E
Nesse momento
Este poema
Não passa de uma psicografia...