Carta do além

O Covid não me matou

Pois meu "eu" já estava morto a tempos.

O meu “eu” morreu

Quando vi meu pai bater em minha mãe

Quando perdi um grande amor

Quando fui espancada

Quando vi pessoas passando fome

Quando vi um animal morto por diversão

Quando a inveja tomou conta das pessoas

Quando vi que todos eram atores

Meu “eu” morreu

Quando entendi

Que estava sozinha no mundo

E

Nesse momento

Este poema

Não passa de uma psicografia...

Bemfica
Enviado por Bemfica em 17/08/2021
Código do texto: T7322853
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