ESPERANÇA

Intuímos que a nossa mente não é meramente uma soma de pensamentos, a coleta das propriedades que possui, mas o que pensa, como uma essência incorpórea à frente das suas condições imateriais caracterizada pelos seus atributos.

No início árduo de nossas vidas, ao cruzarmos para o desconhecido, sem ritos para nos proteger, fortalecer e conduzir, o que se encontra mais próximo do coração está, muitas vezes, mais longe da palavra.

Ao longo da nossa vida, as experiências mais preciosas parecem desvanecer na transição que transforma tudo. Olhamos para trás e não vemos sequer sinais de um ontem que foi tão vívido. Mas nada se perde, pois a nossa alma colhe os momentos mais significantes da nossa experiência, e conhece a geografia do nosso destino.

A nossa alma sabe a superfície do nosso destino, e tem o caminho do nosso futuro, portanto, podemos confiar neste lado sinuoso e transversal de nós mesmos, que nos levará para onde precisamos ir, e nos ensinará a transigência de ritmo do nosso trajeto.

Na medida em que a nossa condução na vida tem uma moral, é que devemos expandir o nosso íntimo na vida terrena, deixando para trás um legado dos nossos esforços e preparando-nos para a travessia.

À proporção que nos aproximamos da intuição da verdadeira natureza de Deus e da nossa própria natureza, a nossa crença e segurança na existência que nos foi concedida aumenta, sabendo que esta força está sempre ao nosso lado e que sabe o que faz, ajudando-nos a confiar que estaremos seguros onde quer que o nosso destino nos leve aqui e em toda a Eternidade.

Que a amizade e o amor sejam o sustento de nossa vida e, que não sejamos um ato finito que existe e vai-se embora para sempre. Que a nossa passagem seja lembrada e falada, e nossos atos ecoem na maravilha, continuidade, imaginação e possibilidade para além do depois.