Desencontros
O corpo dele é de tensão, sua alma presa, nem tenta se rebelar, não tem forças. Os olhos de quem está em apuros aos poucos se transformam… vão relaxando e pesando. O corpo dela é de saudades. Os olhos saudosos aos poucos se transformam, em desejo puro. Vão se abrindo cada vez mais. A alma dele começa a entrar em transe hipnagógico. A dela se expande e quer alcançá-lo. Mas, eis que a alma dele está presa, em transe. Num corpo que agora luta para não dormir. Ela está mais acordada e quer senti-lo. Ele dorme e quer paz. Encontros desencontrados… almas que se fecham e se expandem. É a dança da vida e da exaustão que lutam para coexistir.