OS DITOS DA POEIRA
Seta na madeira velha
da igreja de pedra cortejada
de Heras antigas verdes
descendo pela parede
Adoravam minha chegada
Dito de anjos no calvário
adormecido na entrada da
porta apodrecido de esperança
se lançam aos olhos pedindo
E amando que eu venha ao encontro
Um padre grisalho franzino
de trajes capuz sobre a fronte
entra no cenário de vultos cai dos
sustenta de voz doce o risco
de amar esta pessoa que vem vindo
Seja bem vindo a casa do senhor!
- Que senhor além de ti habita escombros?
Teus ombros oferecem uma dor
que segura perdendo entre as mãos
Uma dor que não escolhi
Por que quer ocupar meu profundo
destino com esta graça medíocre?
Preciso ficar na porta vigiando
meu espírito com isso que julgas
ser um segredo simbólico
pó do ser da tua história
não me fará bem respirar!
Entenda a fraqueza do oculto!
Do culto sobre fantasmas
que parecem dizer ordens
vigiadas que seguem os dias
e surgem a noite nos sonhos.
- Qual sonho é uma mentira?
Quando a pureza é não ser igual
ao ideal sonhado ela é sabia.