O super-homem psicopata de Nietzsche
Psicopata. Essa crítica ao “pensamento” de Nietzsche não é nova. Ela aparece pela primeira vez no romance, Crime e Castigo, do escritor russo Dostoievski. Nesta obra, o protagonista assassino, Raskólnikov também se considerava um super-homem. Ele se achava um sujeito especial, um homem extraordinário capaz criar seus próprios valores e de alterar o curso da história. Como um Napoleão ou um Maomé da vida, ele concedia a si mesmo o direito de matar para fazer valer a sua vontade. No fim da historia, Raskólnikov terminou seus dias numa cadeia imunda, no mais completo desespero e carcomido pela culpa. Foi salvo, ora que ironia, pelo cristianismo.