E lá vem ela

E lá vem ela com aquele andar só dela e que ninguém copia. 45 anos depois...! Quanto tempo, meu Deus! E lembrando esses 45 anos (tínhamos 15 quando nos vimos ) com aquele sorriso de garota marota que ofuscava qualquer olhar e eu que de repente olhei direto pra ela. Parece que ela havia me enfeitiçado simplesmente. Naquele momento só existia ela, mesmo de longe. Com seu olhar elegante, algumas amigas a tira-colo, seus olhos verdes lindos, suas bochechas rosadas mais lindas que uma princesa. E eu a via algumas vezes mas... e pra chegar até ela? Minha malvada timidez me impedia. Ela disse , 45 anos depois quando nos reencontramos , mas virtualmente, ela diria que eu andava só de cabeça pra baixo e tímido, como eu era. Se eu ficava vermelho perto das garotas imagine se eu chegasse perto dela?! Nem minha voz sairia.

Então 45 anos depois nos reencontramos (por acaso?). Não , não acredito no acaso, acredito no destino. Então, de repente nos vimos, não cara a cara mas virtualmente com disse há pouco . E quando vi aquele nome tantos anos depois não acreditei. Era realmente ela.

Senti uma felicidade imensa, sem igual, como nunca senti.

Mesmo que nos reecontrássemos 60 anos depois... Ah, eu jamais esqueceria daqueles olhinhos verdes. Mesmo umas ruguinhas aqui, outras ali, como eu também as teria com certeza mas aqueles olhinhos verdes e aquele sorriso de garota marota como era na sua adolescência jamais me enganariam e seu andar então! . Como estaríamos nos nossos 60 anos? Não importa. Nossa amizade não escaparia , pelo menos pra mim jamais.

E alguma paixão? Ainda existiria de um dos lados?

Uma incógnita.

Uma incógnita.

Ajosan
Enviado por Ajosan em 10/08/2021
Reeditado em 10/08/2021
Código do texto: T7317468
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