morte

A parede pintada de cinza

O mundo enlutado

Sofremos por causas impossíveis

Daria um tempo se pudéssemos

Mas a vida tem pressa de viver

Acontece que os rios de águas correntes

Não cessam se eu tentar detê-la

Nem a maquina elétrica ira parar

Quando eu estiver desatenta

Prestes a perder minhas mãos

E esta vida magoada

E a natureza ressentida com os homens

E os homens odiando uns aos outros

E as pragas se alastrando

E o desespero do inverno molhando o verão

E o desespero do verão banhando de sol o inverno

E as flores que estão morrendo antes da primavera

E os frutos apodrecendo antes de sua safra

Estou sendo consumida pelo sistema

Lutando pela vida

Hoje sei o valor que ela tem

Espero mesmo é morrer em uma cama quentinha arrodeada de crianças

Esmeralda V
Enviado por Esmeralda V em 05/08/2021
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