morte
A parede pintada de cinza
O mundo enlutado
Sofremos por causas impossíveis
Daria um tempo se pudéssemos
Mas a vida tem pressa de viver
Acontece que os rios de águas correntes
Não cessam se eu tentar detê-la
Nem a maquina elétrica ira parar
Quando eu estiver desatenta
Prestes a perder minhas mãos
E esta vida magoada
E a natureza ressentida com os homens
E os homens odiando uns aos outros
E as pragas se alastrando
E o desespero do inverno molhando o verão
E o desespero do verão banhando de sol o inverno
E as flores que estão morrendo antes da primavera
E os frutos apodrecendo antes de sua safra
Estou sendo consumida pelo sistema
Lutando pela vida
Hoje sei o valor que ela tem
Espero mesmo é morrer em uma cama quentinha arrodeada de crianças