LABIRINTO...

E eu, afoito, procuro

Em labirinto escuro

O que perdi ou não,

Na minha opinião

De que algo perco

E acho, isso percebo...

Não perco nunca o que

Jamais vai me pertencer,

E se acho o que não me pertence,

Ao dono devolvo imediatamente,

Mas, se não o encontrar,

Com o achado devo ficar...

E assim sigo, afoito, eu,

Na procura do que se perdeu,

Sendo-me alheio ou não,

Neste labirinto, na escuridão,

Enquanto não vejo luz alguma,

Tateio paredes sujas...

Sujas paredes deste labirinto,

Isso é verdade, não minto,

Se devo lavá-las, pois,

Para limpas ficarem depois?

Se for o caso, às lavarei,

Depois de achar e, ou perder...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 05/08/2021
Reeditado em 05/08/2021
Código do texto: T7314392
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