LABIRINTO...
E eu, afoito, procuro
Em labirinto escuro
O que perdi ou não,
Na minha opinião
De que algo perco
E acho, isso percebo...
Não perco nunca o que
Jamais vai me pertencer,
E se acho o que não me pertence,
Ao dono devolvo imediatamente,
Mas, se não o encontrar,
Com o achado devo ficar...
E assim sigo, afoito, eu,
Na procura do que se perdeu,
Sendo-me alheio ou não,
Neste labirinto, na escuridão,
Enquanto não vejo luz alguma,
Tateio paredes sujas...
Sujas paredes deste labirinto,
Isso é verdade, não minto,
Se devo lavá-las, pois,
Para limpas ficarem depois?
Se for o caso, às lavarei,
Depois de achar e, ou perder...