Amor Hiperbolico

O que eu busco neste info-mar de sonhos naufragados?

Nas letras sólidas em mim compostas de tantos pensamentos perdidos e desejos insanos de uma relaidade paralela onde desejo viver.

Qual a resposta que tento encontrar, garimpando uma razão para seguir em frente com mais um verso..."só um amor pro meu poema é o que peço" dizia eu noutro texto. Mas que amor? Que saudade? Se nada existe além do platônico sentir, o mesmo retorno frio da indiferença. A paixão se torna um vício, uma estratégia de quem não consegue escrever sem ter algo mais "real" para inspirar-se, como uma dose de veneno que se toma por vontade, o suicídio da alma que se entrega a um sonho irrealizável.

Loucura de poeta? Talvez. Insanidade confirmada? Não sei. Mas sei da dor acumulada de tanta efêmeridade que grafa na memória a pergunta: "Como teria sido se fosse real?" Mas nunca é, nunca chega, nunca acontece.

E apenas na mente errante que devaneio após devaneio encena teatros sem publico e sem aplauso. Ah, poeta, triste poeta...que não sabe mais o que é amar.