Uma coleção
Meus olhos tornaram-se um palanque
E as lágrimas discurssava sem fim
Minhas narinas reclamavam ensanguentadas
Mensagens entregues do coração
Minha mente sacolejava meu corpo
Quase fazendo um buraco no chão
Para ganhar espaço
E deixar o que sou
Sucumbir ali
Com o não
Acorrentando minha alma relutante
Que em inúmeras tentativas
Tentava se separar daquilo que não pode ser
E atirava-se do chão para a cama
Tentando
Contra argumentar as lágrimas
Mostrando o céu azul lilás
Que recebia a lua
Que recebia minha agonia
E eu
Numa tentativa de sofrer
Ao menos com o mínimo de dignidade
Recordando-me em falhas
Que eu já sabia os por quês
E ainda assim
Algo se aventurava
Sabia que se colocasse um pouco do que restara na garganta
Para fora
Ou entregasse ao assoalho
Recém-limpado
Onde eu havia chegado
Com os mesmos calçados que fui arrancada
Que o erro foi meu
E esta minha estupida tentativa
De querer viver