CLAREZA

Nos agarramos a símbolos orientadores na viagem transformadora da metáfora da vida, que nos ajudam a criar, refazer, reconhecer e dar sentido ao que fazemos. Embora os mitos sejam misteriosamente inexplicáveis, nos prendemos a eles, em vez de aprendermos com eles, apesar de continuarem sendo importantes para a função psicológica e sociológica da reconciliação do conhecimento.

Percebemos, que ao longo da história, muitos homens de cultura e grande intelecto raciocinam amiúde sobre equívocos mais profundos, começando com a impressão confusa de que a Verdade é complexa e sobrenatural. Mas, aquele que compreende a simplicidade da Verdade e do culto no seu íntimo, está pronto para por de lado preconceitos e conceitos preconcebidos, sempre que a Verdade revelar a sua falsidade, pois o critério será considerado como sendo simples, porque tal é verdadeiramente o distintivo da razão.

O inconsciente, com desejos compostos por mecanismos criados por processos inconscientes e automáticos, que ligam objetos parciais ao nosso corpo, onde o desejo deixa de ser a vontade de algo, e se torna a atividade, nos leva a questionar se podemos ter sentimentos e desejos da forma como temos ideias, e ainda assim, não estarmos conscientes deles.

Podemos pensar, que a nossa mente funciona num princípio de origem dependente, onde a condição presente dá origem a condições subsequentes, que por sua vez dão origem a outras condições numa natureza cíclica influenciadora em nossa vida, onde o sagrado é inseparável do nosso percurso de descoberta e adaptação ao meio em que vivemos.

Em nossa busca para alcançar propósito e significado, precisamos de razão e explicações na esperança de que a verdade surgirá para obter essa compreensão. Porém, não é somente a lógica e o entendimento de probabilidades que nos convence. Mas uma relação factual na busca de libertação num Deus pessoal que chega a cada um de nós individualmente, oferecendo-nos um relacionamento direto, que fala às necessidades mais profundas do coração, alma, e mente.

A nossa compreensão é limitada ao alcance dos nossos sentidos. Mas, através da ciência buscamos aprimorar o nosso conhecimento além do alcance da percepção material, para encontrar a paz na luz de Deus em nós.

A razão humana amparada pela natureza moral que contém a chave do nosso passado, do nosso presente e do nosso futuro, é chamada a considerar questões, que, pela sua própria natureza, não pode declinar, ao mesmo tempo que não pode responder, pois transcendem todas as faculdades da mente.

A capacidade de captar analogias, e ver a diferença entre argumentos profundos e superficiais, é uma marca distintiva de quem se dá tempo para pensar as questões que nota. E aqueles entre nós, com a visão da realidade que está para além deste universo de ilusão, têm a habilidade inspiradora de trazer novos conhecimentos e concepções transformando o homem pela renovação da sua mente e a prática das relações humanas, nos impelem à aproximação cada vez maior com a consciência da unidade com Deus.

Muitos irreligiosos seguem o caminho do Evangelho melhor do que muitos daqueles que professam segui-lo. Isto acontece apenas porque as pessoas não estão comprometidas com o Evangelho. Meditando nos conflitos Bíblia vs. Religião, Religião vs. Evangelho é possível aferir que a graça de Deus, devidamente compreendida, é, em última análise, de humildade. Jesus, na verdade, conduziu uma grande crítica à religião ao longo do seu ministério. O Sermão da Montanha critica não os irreligiosos, mas os religiosos. Este é um grande motivo para não abandonarmos a fé cristã, porque isso nos deixaria sem as normas e os recursos para fazer a correção. O Evangelho é melhor do que a religião.

Muitos tentam adquirir um significado de mérito a partir dos seus sucessos, perseguindo suas conquistas como forma de superar o sentido, buscando os elogios e a admiração dos outros através das suas realizações, pois se sentem por fora e querem pertencer, ser aceitos, abrir portas e participar dos conjuntos sociais influentes em vez de seguir o caminho do êxito de Deus e não da cultura, razão pela qual encontram tanta dificuldade em se aproximar e acompanhar o ensinamento libertador. O Sucesso promete aquilo que não pode entregar.

Contudo, em vez de procurarem glorificar a Deus com as suas práticas na fé, tanto os irreligiosos como os religiosos são culpados de perseguir egoistamente o mérito através das suas realizações. Os irreligiosos usam os seus talentos naturais para alcançar coisas que lhes trarão elogios e não a Deus. E os religiosos fazem a mesma coisa de uma forma diferente. O êxito no sucesso está em fazer o que harmoniza com a fé no que foi concebido fazer. Se te deleitas em Deus, Ele “dar-te-á os desejos do teu coração” (Salmo 37:4).

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 01/08/2021
Reeditado em 08/08/2021
Código do texto: T7311710
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