Eu e a vida, o choro e um enigma

Ó vida, o que queres de mim?

Sei pouco sobre ti e não sei nada.

Entre nós dois reina duas certezas: existo antes de ti e sabemos quem nos enviou.

Comparo-te a uma cápsula que leva alguém ao universo, assim vieste para me trazer e conhecer este mundo.

Chorei ao respirar o ar deste planeta, não te culpo, vida, por isso, mas não te entendo porquê ainda permites o choro. Nos últimos respiros não haverá tempo para chorar, no entanto existirá uma agonia. Como tudo é um ciclo o choro estará no olhar de alguém.

No dia da nossa separação restará um enigma para muitos que ainda não entendem nada sobre ti, ó vida, e não compreendem a revelação de quem nos controla, mas para mim que por misericórdia entendi haverá alegria em vez lágrimas.