Sociedade humana ou sociedade de humanos?

Ser humano tem critérios. Escritos ou não. Mas tem. Fora da esfera desses critérios não há humanidade. A não ser... que admitamos um humano pela metade, parcial. Este pode ser considerado um primeiro conceito, significado ou ainda sentido da palavra ‘humano’.

Há um segundo. Pertencemos à espécie humana. Nominados pelos próprios seres humanos. Devido à racionalidade não há no contexto animal conhecido nenhum ser que se autodenomina e que estabelece, ele próprio, os critérios do que se deve compreender por um humano bom, adequado e socialmente correto.

Em nome da diversidade e da língua ‘viva’ os conceitos e todos os demais atributos possíveis de serem colados aos mesmos são móveis, dinâmicos. Isso implica uma primeira consequência. Ao serem transferidos para o comportamento humano também se transformam em móveis e dinâmicos. Isto é, não precisam ser respeitados, exatamente, de acordo com seus critérios convencionados. Isso permite ao ser social e humano (sentido duplo) transgredir os critérios, para o bem e/ou para o mal.

Isso me faz pensar e refletir: até que ponto a flexibilização e inobservância de critérios do que seja um humano, entre humanos, confunde e deturba o comportamento do ser humano? Ao entender que tudo pode, o ‘humano’ deixa de ser critério de humanidade para se tornar liberdade pessoal. E liberdade pessoal, em sentido restrito, NUNCA se articula com responsabilidade coletiva ou social.

Ademais, haveria a possibilidade do exercício da liberdade pessoal encontrar significado no exercício coletivo responsável?

Pode ser uma próxima reflexão.

BonsDias.