No teu abraço, me abrigo.

Apesar de tudo que tento em vão explicar,

não consigo explicar o que sinto.

Por não conseguir, não me limito

a ponto de não sentir. Esse controle inexiste.

Adoro papear, te ouvir, te contar histórias e

estórias, te ouvir sorrir das nossas bobeiras.

A mim, parece que os diálogos e quase

diálogos — mesmo sem a grande história

do Djavan trazem a minha vida (nossa, talvez?)

a leveza do momento, da impermanência

das certezas e a permanência das infindáveis

incertezas nessa vida terrena.

Só sei que nada sei no hoje e pouco —

ou quase nada — saberei no amanhã.

Sinto que te quero bem e você me

faz um bem enorme.

Acredito que as inúmeras explicações

se devem ao fato de que me importo

com você.

Muitas vezes fujo do perigo do meu interior,

encontrando no som da tua voz a impressão

do calor do teu abraço, meu abrigo.

nouvellelune
Enviado por nouvellelune em 13/07/2021
Reeditado em 02/08/2021
Código do texto: T7298373
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