Medo
Sinto muito medo,
Daqueles que não se sabe o porquê.
A violência é assunto por toda parte.
A violência está toda contra mim.
Não ando nas ruas, elas me metem medo.
O medo prende meu corpo não deixando ele chegar onde quer.
Meu corpo leva minha mente
E fico com medo de tentar levar meus pensamentos para passear
Por caminhos livres a se percorrer.
Enjaulo no peito o que poderia ser uma atitude.
Lamento-me pelo fato de não tê-la feito.
Começo a me perguntar a origem disso tudo.
Procuro por respostas e não consigo descobrir.
Pois todo tempo que tenho, gasto sendo um aterrorizado.
Mesmo horrorizado como desperdiço minha vida,
Limitado e calando minha voz interna
Desejo desesperadamente calar-me por faltar o que dizer
Ou fazer o meu querer sem precisar saber a métrica da vontade.
Esse medo me assusta
Realmente me tira o sono
Sono esse que mal tenho
Pois tenho medo de acordar no meio da madrugada
E ver o meu medo sorrir para mim
Dizendo que realmente existe
E nunca vai deixar de existir.