A VIAGEM DO ANDARILHO

A racionalidade imperava altiva, orgulhosa, impetuosamente

A espiritualidade rastejava cativa e humilde, como vassala

Mal sabia o andarilho o que estava reservado na jornada

Foram muitos anos, sob comando absoluto da racionalidade

Esparsas e rápidas incursões pelo espírito, eram solitárias

Nos confrontos verbais, perguntas sem respostas afinal

A razão sempre se fortalecia na aparência da espiritualidade

E os opositores se mantinham só nas superfícies literárias

Mas ora se sabe, sem os insights não existe o espiritual

Agora são muitos anos sob total comando da espiritualidade

Instalando-se assim, a total solidão e as razões são várias

O espírito nas profundezas não permite acesso racional

Quatro de julho de dois mil e dois chegou a Glória do Senhor

Pois, o espírito não encontra limites para alturas infinitas

Assim como também não os encontra para as profundezas

A solidão, acompanha o viajante, como preço das conquistas

Conhecimentos adquiridos cumprem promessas benditas

E há também o prêmio, e desaparecem todas as incertezas

Todas as demais circunstâncias passadas são agora revistas

Grandes mudanças passam a ocorrer vão-se os parasitas

E são descartadas enormes quantidades de velhas certezas

Pois somente os conhecimentos espirituais são as conquistas

As grandes mudanças passam a ocorrer incessantemente

Uma profunda inversão de valores na consciência se instala

O paradoxo entre o que muito valia e doravante não vale nada

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 03/07/2021
Código do texto: T7291888
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