PESQUISAR, CONHECER E APRENDER
É certo que as convicções não devem ser imutáveis, pois todos os conhecimentos racionais estão sujeitos à evolução, porém existem exceções como por exemplo na matemática, e nas comprovações científicas, embora o Teorema da Incompletude de Kurt Gödel retire a exatidão da matemática teoricamente. Porém, o problema se torna bem mais complexo, em se tratando dos insights espirituais, os quais se escoam pelo canal da intuição, lembrando-nos da afirmação de Albert Einstein que assim se expressou, revelando o seu pensamento sobre Deus e sobre a forma da sua própria crença: “Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo – o único caminho é a intuição. A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia. Acredito no Deus de Espinoza, que se revela por Si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pelo destino e pelas ações dos homens. Minha religiosidade consiste em uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que nós, com nossa fraca e transitória compreensão, podemos entender da realidade”.
Os cientistas também não acreditam nessa mesma intuição, quando o mesmo Einstein diz: “Tudo está determinado, o começo e o fim, por forças sobre as quais não temos controle. É determinado para um inseto, e para uma estrela, seres humanos, verduras ou poeira cósmica... Todos nós dançamos uma música misteriosa, tocada à distância por um músico invisível”, cujas palavras, ele disse numa entrevista publicada em 26 de outubro de 1929 pelo semanal americano The Saturday Evening Post.
É evidente que Einstein sabia muito bem porque chegara a tais conclusões sobre a intuição e sobre o absoluto determinismo, como está explícito em suas conclusões, pois os seus próprios conhecimentos científicos provieram, todos eles, determinados pela sua intuição, não havendo como duvidar daquilo que ocorreu consigo próprio.
Estamos no limiar de tempos mais sombrios, sendo oportuno ultrapassar as confortáveis expectativas de que sobra tempo para tudo. Mas, ele se esgota rapidamente, e o conhecimento contribui para o seu próprio e mais conveniente aproveitamento.