O puro amor esmagado no moedor 
Na chuva de inverno 
Nos corredores da desilusão 
No tuneo de um tempo que não existe

O puro amor nas garras da morte
No peito dolorido 
Nas lagrimas de um palhaço 
Na larva que morre na transição 

O puro amor nas linhas do trem 
Nas garras da saudade
Nas encruzilhadas geladas 
Nos olhos dos cegos 

O puro amor prenhe de fantasias
Na velocidade da luz 
Nos vagões vazios do ultimo trem 
No solado do moribundo 

O puro amor a merce do tempo 
Esquecido nas linhas da vaidade
Em um carcere cuja chave lançada ao mar
Em uma gaiola vive como um passaro sem poder voar
 
Esmeralda V
Enviado por Esmeralda V em 30/06/2021
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