Eu tento

Eu tento,

tento seguir um dia de cada vez,

um segundo minuto hora

mas as vezes tudo se atropela,

tem momentos que deslizo e caio nela,

um descuido e o caos em mim volta,

meus demônios estão atentos,

estão esperando o momento para me atacar,

um suspiro errado,

um pensamento autodestrutivo,

um choro,

e eles acordam,

eu me perco em mim,

na crise não me reconheço,

Me torno frágil, fraca,

só me resta aceitar

A tempestades,

tsunami,furacão, vendaval,

Tudo dentro de mim,

derrubando os quadros pendurados nas minhas paredes,

destruindo minha base, sumindo com os meus degraus,

e quando tudo passa,

Ar

Pulmão

Nariz

Eles voltam a existir e consigo respirar de novo,

quando a calmaria chega

ela traz os destroços da tragédia,

pego os pedaços e vou me construindo mais uma vez,

remendando os pedaços imperfeitos,

construindo algo novo,

Raro

Incomum

uma obra de arte abstrata,

em cada tempestade me recomponho,

mas não sou a mesma que antes,

fenômenos traz a mudança,

às vezes me entrego pra aquele momento,

sentir tudo

pode melhorar depois,

um dia os climas mudam,

as vezes são favoráveis,

outras assustadores,

mas me recomponho,

com vidro

Papel

Madeira

Metal

Plástico

Terra

Água

Sangue e Dor,

e com esses fragmentos me transformo,

Como uma fênix,

Renascendo das cinzas da vida.

Day Elias
Enviado por Day Elias em 29/06/2021
Código do texto: T7289218
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