Tudo vai dar certo!
É tarde da noite, sento na cama, observo como as folhas balançam ao vento da fria noite de inverno de São Paulo, o meu dia nebuloso, não me permitiu enxergar a graça das poucas folhas que resistiram ao impetuoso outono balançarem no topo da árvore, eu tampouco via graça no meu dia , o calmante que tomei mais cedo fez efeito e os meus olhos não resistiram a sonolência , cumprindo o papel que o remédio determinou ao meu corpo; tudo parecia sem graça, o balançar das folhas, o som do vento e até mesmo o ronronar de minha gata ao meu pé, a sensação de desesperança já conhecida estava presente novamente, o meu peito arfava e em minha mente as palavras: Tudo vai dar certo!