PERSEVERANÇA

Motivados por uma nostalgia de unidade, nos esforçamos para saber as coisas. Mas, existe uma imprecisão inevitável entre o que apreciamos conhecer e o que sabemos, em meio à contínua lamentação e fraquezas para apreender uma impossibilidade estabelecida, resultando numa frustração existencial da vontade de conhecer o mundo e de viver confortavelmente nele. Contudo, apesar de o mundo parecer incognoscível, e buscarmos compreender a vida aparentar não ter sentido, não devemos desesperançar de alcançar uma aproximação aceitável.

Vivemos numa época aparentemente dominada pelo racionalismo da ciência e da tecnologia, da economia e do comércio, surgindo no cotidiano como uma energia poderosa, levando-nos à perdição ou salvação. Contudo, não há ciência e tecnologia, comércio e economia sem o ser humano.

Os racionalistas acreditam compreender os limites da razão e possuir o verdadeiro conhecimento, considerando os existencialistas, meramente, como insensatos que, ao reivindicar sentido, ordem e unidade, vão além desses limites procurando descobrir o impossível.

O domínio das humanidades, da ciência e da tecnologia expressam um estreitamento da definição na atualidade, para uma redefinição com as novas tecnologias e o conhecimento da informática infundida e influenciadora, à um lugar patente com o humano no homem, que pode levar a uma constrição desumanizante do conhecimento sistematizado e da aplicação tecnológica.

É chegado o momento de ampliar o mecanismo da ciência e da tecnologia para uma sabedoria prática envolvendo a arte, artesanato, conhecimentos, o raciocínio e a compreensão dos princípios subjacentes ao mundo material e natural com o fazer instrumental que só pode realizar-se com o humano no ser.

A inteligência humana é indagada de forma única pelas novas tecnologias e ciências da biótica, pela ética da biociência e da biotecnologia e os desígnios centrados que objetivam a usabilidade da dinâmica linguística das interfaces informáticas e dispositivos de comunicação móvel, pelos esquemas que investigam a natureza da realidade e da existência da rede da internet semântica, pelas estruturas de informação dos arquivos de dados ligados à lógica das máquinas que ajudam a inteligência humana e nos aproximam do uso do sentido original e exato da compilação sistemática que as impulsionam em benefício da sustentabilidade da presença humana em ambientes inaturais.

Mas, o que é o significado além de um processo de criação sem limites num conjunto de atos em que se combinam os meios para a obtenção de determinados resultados e objetivos numa permuta entre o sujeito e as suas construções?

Hoje, mais do que nunca, surgem questões globalizadas de interesses, necessidades e propósitos humanos no domínio do comércio econômico visando o que é a humanidade em si e para si, que interrogam o tempo, a cultura, o lugar, a consciência, a subjetividade, o significado, a representação e as mudanças.

O que nos resta, se seguirmos o raciocínio da impossibilidade do conhecimento? Nunca compreenderemos e morreremos apesar de todos os nossos esforços? Devemos nos revoltar contra a nossa mortalidade e os seus limites, e viver intensamente? Nos inspirar na fé de uma vida após esta vida? Ou nos dedicar profundamente a uma grande causa além de nós mesmos?

O que nos dá a maior grandeza às nossas concepções da natureza, ou a maior força às paixões do coração, não está, neste sentido, contido em preconceitos racionalistas, ou embutido numa máquina de inteligência computada e subordinada.

Não há nada de fixo ou estereotipado no Reino de Deus, anunciado pela Bíblia, que dá a grandeza das suas próprias concepções a cada comparação que usa, tornando-a assim mais flexível para representar a força expansiva do domínio Divino.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 20/06/2021
Reeditado em 18/07/2021
Código do texto: T7283036
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