Silêncio e Presença

Esta é uma reflexão daquelas que sonho acordada; ou,simplesmente, ouso tocar nas dimensões que não aparecem aos olhos da carne.

Anteontem, quinta-feira, 17 de junho de 2021, eu estava sentada no sofá da sala de casa tomando café da manhã. Por algum motivo, ando com o coração um tantinho triste. Nessa hora, questionei "Deus, o que posso fazer pelo meu coração?". Um homem barbudo, que parecia estar no meio neve, chegou perto de mim em silêncio. Instintivamente, toquei sua barba volumosa cor marrom escuro. Esse toque foi surreal! Tanto acolhimento e amor puro senti. Não era um amor qualificado: de homem, de mulher, de filha, de pai, de irmãos, de amigos, de tio, de sobrinha... Era simples e divinamente amor. Enquanto eu tocava e acarinhava a barba daquele homem, ele respirava mansinho, profundo; seus olhos abriam e fechavam devagarinho, como quem aceita e se entrega na troca. Em silêncio permanecemos. Fazia algum tempo que não sentia tanto amor. Assim que me senti "preenchida", o homem barbudo sumiu de minha visão. Fiquei a me questionar inicialmente "qual era o sentido daquilo, daquele homem, daquela barba, daquele amor todo, da neve, do frio..." Depois, relaxei e fiquei apenas a curtir o tanto da presença que havia sido compartilhada. Há momentos em que apenas o silêncio e a presença dizem tudo.

Você já se sentiu assim? Já questionou seu coração? Já foi escutada(o)? Já se sentiu em silêncio, presença e muito amada(o)?

Experimenta!! É uma experiência fantástica!!

Finigi Abertare
Enviado por Finigi Abertare em 19/06/2021
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