LIVRE
Dois tratores
Uma corrente envenenada
Arrastando tudo
Não deixando nada
Em frações de minutos
Terra devastada.
O governo no silêncio
Só mamando do bem-bom
Fazendo vista grossa
Para não responder a imprensa
Fecha as portas.
A justiça nem aí
Não abre um processo
Para assistir tudo isso
Ainda tem que pagar ingresso.
As porteiras foram abertas
A madeira vai passando
Do seu jatinho luxuoso
O ministro vai observando.
O exército no comando
As forças armadas no poder
Em nome da soberania
A extinção da Amazônia
É pra valer.
Nem congresso
Nem políticos
Desse nojo
Vomito.
No fim
Não teremos a maior floresta do planeta
O deserto vem
Através das bestas.