A beira do abismo
Estou a beira do abismo novamente
Meu sangue já se esfria, não sinto mais circulação
Dentro da caixa craniana habita multidões de pensamentos
A necessidade de ser invisível aos meus monstros só cresce e faz doer o peito
Inúmeras vezes pensei em pular, sentir o vento forte e a gravidade acelerando o processo de cura
Vivo como um peixe, que nada sem sentido, se alimenta apenas por necessidade de... sobrevivência? Porque? Pra quem?
Tudo cinza de novo, mesmo com flores gritando ao meu redor.
Sem apoio de base, absorvo o desprezo e asco de quem me rodeia.
Mergulho fundo, sem pensar, busco ar de arrependimentos e tristezas.
As vezes penso que o amor é a causa de todos os problemas.