Até que a morte nos liberte...
A gente vai criando novas expectativas. Vai sonhando. Esperando sempre mais da Vida. Sonhar, ué, fazer o quê? Vive de projetos, de sonhos, de esperanças que vamos alimentando a cada novo dia (há quem crie a esperança de que, ao morrer, estará livre das ilusões desse mundo não muito em acordo com suas expectativas).
Hoje eu sonhei muito pela manhã. E, com a noite por vir, meus sonhos foram se encostando num canto e pedindo um tempo. Amanhã, eu creio, devem reaparecer com a chegada do dia... Eu quero mesmo é me perder em Esperanças. Mesmo que elas não passem de ilusão. Até que a morte me liberte.
(Eu ontem encontrei alguns manuscritos meus com mais de dez anos e eles me pareceram de uma esterilidade enorme... Viver é isso, não? Dizer adeus aos últimos instantes vividos e dar as boas vindas aos novos; mas que nossas Esperanças jamais morram – e, se o fizerem, que sejam para dar chances a Novas e Duradouras Esperanças... Caramba! Isso parece coisa do filme "O Pássaro Azul"!)