A atualidade de Frédéric Bastiat
Frédéric Bastiat (1801-1850), economista e jornalista francês, viveu numa França que pendia fortemente para o Socialismo. De pensamento liberal e defensor da liberdade dos indivíduos, posicionamento pelo qual se destacou no seu curto período de vida, nos permite fazer uma ponte entre o que observou no seu país naquela época, com o Brasil atual, principalmente diante dos acontecimentos dos últimos dois anos.
Karl Marx se referiu a ele como “o representante mais superficial e, por isso mesmo, mais bem-sucedido da apologética economia vulgar”.
Partindo de um dos maiores negacionistas de toda a História da Humanidade, essa frase é um elogio que mostra a força do pensamento de Bastiat.
Ao contrário de Karl Marx, com toda a prolixidade vazia de “O Capital”, Bastiat foi sintético e objetivo na obra “A Lei”, com apenas 64 páginas, que além disso, tem uma linguagem simples e direta, diferente do raciocínio malabarístico comum aos filósofos.
Embora a obra de Frédéric Bastiat não trate de Economia e Política diretamente, seu pensamento mostra como os poderes na mão do Estado pode desvirtuar qualquer esforço que se faça tendo como objetivo o bem estar dos cidadãos.
Em seu livro ele diz: ”A LEI PERVERTIDA! E com ela os poderes de polícia do estado também pervertidos! A lei, digo, não somente distanciada de sua própria finalidade, mas voltada para a consecução de um objetivo inteiramente oposto! A lei transformada em instrumento de qualquer tipo de ambição, ao invés de ser usada como freio para reprimi-la! A lei servindo à iniquidade, em vez de, como deveria ser sua função, puni-la!”
Comparemos essas afirmações com o estado deplorável em que está o Brasil atualmente em termos de legalidade e respeito aos direitos.
Só os mal intencionados e os que optaram voluntariamente por fechar suas mentes não vão concordar com Bastiat.
Só os mal intencionados tentam justificar, com um palavrório sem fim e um cinismo extremo, certas atitudes dos ministros do STF, de senadores e deputados federais.
Só os criminosos potenciais interpretam as leis de forma a proteger criminosos e só os traidores da Pátria tentam “amarrar as mãos” e “amordaçar” a Sociedade para que ela não reaja contra terroristas.
Contudo mais frustrante do que ver inimigos de todas as espécies tomando conta rapidamente do país, é ver uma parte da população aplaudi-los e outra parte preguiçosamente à espera da “ajuda de Deus”.
As duas partes servem aos propósitos da escória espiritual.