Não sei dizer!
Não sei dizer ao certo o que vem acontecendo comigo; mais me parece que aquele véu colorido que tornava a vida interessante foi arrancado de mim.
Parece que eu consigo ver agora o quão insignificante é tudo o que faço: do que adianta ter tanta coisa? Nada disso me deixa entusiasmada.
Eu tô numa fase muito cinza: não acho graça em certas pessoas, no que elas falam e nas diversões que elas tanto aclamam: porque me irrita ver as pessoas acharem que serão salvas e curadas pelo dinheiro, por substâncias alucinógenas e crenças cor-de-rosa.
O mundo é pura hipocrisia: todo mundo vai pra debaixo da terra, mas mesmo assim ficam vivendo essa lástima toda de materialismo como se fossem imortais.
Eu era melhor na fase em que escrevia textos infantis: vou voltar a fazer isso e ser feliz comendo feijão com arroz na roça.