PENSAMENTO ILUMINADOR: O CRISTO ETERNO ESTÁ DENTRO DE VOCÊ!
O CRISTO ETERNO ESTÁ DENTRO DE VOCÊ!
“Filho de Deus” não é apenas o Jesus. Se deixarmos o corpo humano despido, tirando-lhe também a roupa de carne e extrairmos apenas a essência espiritual, compreendemos que todos os homens são “filhos de Deus”. Também Sakyamuni (Buda) ensinou a mesma coisa, dizendo: “Toda a humanidade possui a natureza búdica”.Ele ensinou que o verdadeiro homem é aquele que é de natureza búdica, aquele que é sagrado, aquele que é imaculado. Ensinou que todo homem é “A mais preciosa existência em todo o universo”. Mesmo assim, haviam pessoas que não conseguiam encarar o homem a não ser como “ um medíocre sujo de graves pecados”. Para salvar tais pessoas, Sakyamuni ensinou a imaginar Buda como um Ser Supremo e a dirigir a mente para Ele, dizendo: “Se você não consegue salvar-se por si mesmo, imagine a existência de um Ser Absoluto, volte a sua mente para Ele e una-se com Ele”. Esta é a “salvação pela fé em força externa” – uma das facetas do Budismo – e se identifica perfeitamente com o que Jesus disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma”, “mas o Pai, que está em mim, é que faz as obras”. O Cristianismo e o Budismo pregam, em essência, a mesma verdade.
Para que possamos ser homens realmente livres de todos os embaraços, devemos compreender que o homem é filho de Deus. Quando afirmamos que o homem é filho de Deus, não queremos dizer que ele seja uma pequena criatura inferior a Deus. Queremos dizer que o próprio Deus está dentro de nós e que Ele constitui o nosso EU VERDADEIRO. Esta é a convicção que Paulo teve quando disse: “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Cristo não está presente apenas em Paulo mas em todas as pessoas. Quando compreenderem essa verdade, todos terão esta convicção: “ já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Devemos conhecer não apenas o Cristo cujo corpo era de um nazareno, mas principalmente o Cristo Eterno, o Cristo Universal.
No êxodo, capítulo 20, versículo 3, está escrito: “Não terás outros deuses diante de mim”. Há pregadores cristãos que interpretam esta frase de modo exclusivista, condenando a adoração de Deus que não seja o do cristianismo, pois os deuses de outras religiões seriam diabos.
Mas não é essa o verdadeiro significado da citada frase sagrada. Ela quer dizer o seguinte: “Na verdade, só pode existir um só Deus no universo; portanto, não existe algo que possa ser chamado “deus de outra religião”; todos os deuses são manifestações de um mesmo Deus; por isso, quando vocês forem adorar a um Deus, qualquer que ele seja, devem adorar a MIM – o Deus único – que estou no âmago dele”. Compreendendo este significado, não haverá mais necessidade de conflitos religiosos.
(Seicho-No-Ie - Revista Acendedor, num. 72, de 1975, pág. 20, 21 e 22 – Masaharu Taniguchi PHd)