O tempo enche o céu de vermelho

Não vou ficar triste se o gado sumir da tropa

Vale o escrito nos cadernos dos pensamentos

A chuva desce aguda, a terra estranha o banho

O rebanho não sabe em qual fonte mata a sede.

Na cabeça desmiolada não há coisa importante

A besta fere a fera cansada se a enxergar morta

Nunca inspira soletrar nada de suma influência

Abandona qualquer meio ímpar de inteligência.

O pano era servido só para estancar as sangrias

O doente não teve tempo de apreciar a sabedoria

Os dias sem o sol não atendem aos doces pecados

O rato limpa a cara com medo da cabeça no jornal.

Tá difícil entender do impossível se vê tudo imoral

Na feira a freira entregava santinho de mão em mão

Aos olhos daqueles reservas todo bronze é vermelho

A pena seria básica se na delação, o dia fosse negro.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 31/05/2021
Código do texto: T7268561
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