O tempo enche o céu de vermelho
Não vou ficar triste se o gado sumir da tropa
Vale o escrito nos cadernos dos pensamentos
A chuva desce aguda, a terra estranha o banho
O rebanho não sabe em qual fonte mata a sede.
Na cabeça desmiolada não há coisa importante
A besta fere a fera cansada se a enxergar morta
Nunca inspira soletrar nada de suma influência
Abandona qualquer meio ímpar de inteligência.
O pano era servido só para estancar as sangrias
O doente não teve tempo de apreciar a sabedoria
Os dias sem o sol não atendem aos doces pecados
O rato limpa a cara com medo da cabeça no jornal.
Tá difícil entender do impossível se vê tudo imoral
Na feira a freira entregava santinho de mão em mão
Aos olhos daqueles reservas todo bronze é vermelho
A pena seria básica se na delação, o dia fosse negro.