QUEM DECIDE SOBRE A LEGITIMIDADE?
O que distingue a inteligência humana, sem nenhum análogo em qualquer outra espécie ou lugar, da inteligência animal?
Atualmente, vivendo em meio à era da pandemia em meados de 2021, o contágio e decesso massivo global, de antibióticos e vacinas, mídia social, fake news, o universo cinematográfico e a Internet, desgoverno e tendências de ansiedade para muitos de nós, precisamos nos esforçar para manter a autodisciplina, a concentração nos afazeres e a própria mente sob controle.
Não estamos sozinhos nisso. A situação real tem sido francamente aterradora. O mundo inteiro padece o distanciamento, isolamento, desemprego, mudança de padrões, desestrutura familiar, desabrigo, desamparo, a perda e a dor, e as muitas aflições decorrentes.
Quem aguenta fome? Na ferocidade sombria e chocante da fome prolongada que desmonta o medo, anula os sentimentos e sopra a superstição, as crenças e os princípios, encontra-se o homem apavorado, despido de orgulho, com seu único instinto inseparável, o impulso inconsciente interior: o ímpeto compulsivo da sobrevivência.
É esta a realidade, onde a verdade parece mais estranha que a ficção, e o conhecimento é impactado com o horror da calamidade humana, e os mitos sobre segurança, organização, prevenção e cuidados são estilhaçados e a decepção exposta. Um momento onde as lições da história são encontradas ao vivo, e os acontecimentos da vida real revelam a natureza oculta do homem em meio a uma moléstia inusitada manipulada cinicamente por muitos em posições de poder, enquanto inúmeras pessoas são destituídas e falecem vítimas da inapropriação e do desconcerto estrutural. Do desajuste do combustível à moeda e o alimento, a inflação está a fazer disparar os preços e a ameaçar a recuperação pós-pandêmica.
Para tornar este cenário mais grave, estamos sujeitos à corrupção governamental e política de decisões inconsistentes a nível federal, com os estados e municípios criando uma resposta desarticulada que difere de cidade para cidade, a falta de uma liderança adequada durante uma pandemia, e o descaso político, e cada estado e cidade dependendo de decretos e mandatos de governadores, prefeitos e presidentes de câmara para nos proteger, com base na nossa própria avaliação do nosso risco e do nosso próprio conforto. Demais, possíveis violações constitucionais e limitações de direitos fundamentais feitas por decreto ministerial carente de consistente base legal aplicadas sob a justificativa da situação de emergência sanitária, nos impõe a facilidade com que nos subordinamos ao governo e aos outros poderes. Qualquer estrutura de autoridade e dominação tem de se justificar. Pois, a autoridade não é auto justificante. Tem um ônus de prova e amostra de legitimidade.
Para desenvolver os significados ocultos do código genético e depois distribuir uma vacina contra o inusitado vírus atuante no pesadelo da realidade atual durante a pandemia, é necessário uma certa quantidade de uma verdadeira hierarquia para promover isso. E nem todos se mostram capazes nessa tomada de decisões de raiz, em tempo real, um compromisso sério entre a complexidade e a deliberação. Alguém precisa arquitetar a organização desse processo com especificidade, competência e autonomia para gerir o processo entre o laboratório fornecedor e todo o aparato desde a aquisição de vacinas e a aplicação da mesma nos diferentes grupos geograficamente distribuídos, carentes de imunização. Neste caso a autoridade é legítima e justificada, o que não representa uma troca numa sociedade democrática livre, que pode selecionar pessoas para assumir autoridade administrativa e partes da preocupação pelo bem comum. Mas, onde é encontrado esse indivíduo capaz, com autonomia para guiar o complicado processo de combater essa implacável moléstia, quando alguém que se intitula com a máxima autoridade minimiza as consequências da crise de saúde e se recusa a aceitar ou comprar uma vacina autêntica indicada para a imunização? A liberdade tornou-se tão estreita que é um escárnio.
Deve haver uma coexistência nos argumentos do mundo que, supomos previamente, deve ser concebido depois da urgência do que precisa mudar neste momento, o que inclui o compromisso. Os governantes, parecem cada vez mais donos da vida e o povo um rebanho encurralado. Deve haver uma atitude conservadora quando se trata de mudança social, com uma arquitetura política que melhor apoiaria o florescimento humano baseada na ideia sobre o que são os seres humanos e o que nós queremos, tanto quando isso é fácil, como, quando isso é difícil.
É necessário um compromisso com a liberdade nas esferas política e social para proteger a liberdade individual, como um caminho para situar a liberdade e a igualdade em formas essenciais de cooperação em vez de formas fundamentais de competição.
Nos últimos três anos testemunhamos uma série de desmandos inconsistentes com a realidade da nação. À nível federal, um intento de desconstruir o estabelecido, ideias de disrupção do sistema ideológico, a minimização e descaso com respeito a crise de saúde manifestado pela abordagem dos métodos errôneos de combate à doença, a trivialização da vacina e gestores tendenciosos, irresponsáveis e inadequados à frente do instituto responsável para salvaguardar a saúde pública, os conflitos de interesse e interferência entre os poderes com perdas meritórias em decisões legislativas monocráticas, políticas abusivas do executivo, e o avanço do autoritarismo em meio a um cenário gradual de desconfiança na representação política com o desmonte social e a crescente inflação agravada pela situação geral da pandemia e da desgovernança. Em meio à incerteza e as algúrias de cada dia, a situação da população é premente e inadiável. Grande parte da força trabalhista, antes empregada e produtiva, e agora sentindo-se tão frágil quanto um cabelo de rã, e despreparada para a próxima fase da sua vida sem trabalho, roga e ora por uma mudança promissora entre a reafirmação da liderança atual e o retorno do líder perseguido, aviltado e recluso.
Finalmente, alguns falam sobre uma possível ameaça de um novo modelo para governar a população e o país usando a segurança sanitária como uma parte essencial das estratégias políticas estatais como instrumento para governar, de maneira manipuladora, os chamados piores cenários da progressão da crise de saúde com o boicote da vacina, com o Corona Vírus sendo usado como uma oportunidade para trazer o autoritarismo, o totalitarismo e uma nova racionalidade política centrada, presidida por um gestor cínico, insensível, cruel, incompetente, grosseiramente desonesto e facista.
Mas, qual é a possibilidade real desta ameaça se concretizar? Quando as pessoas comentam e concordam com o mesmo assunto, alguma coisa deve estar errada, pois, nada pode ser assim tão simples. Devemos acender a luz imediata em nosso pensamento, sempre que percebermos unanimidade sobre algo complicado.