A rotina do escritor

Algo que não existe. Talvez desejável, por ora, inatingível. Quando o escritor sente as palavras precisa colocá-las no papel na hora certa, como o cozinheiro precisa escolher o ponto exato dos temperos. A palavra é o tempero da vida. Não exige muito, apenas que a prove, sinta, no instante em que surgir. Pode ser numa madrugada de domingo, numa pequena fuga do dia a dia. A palavra não pede um português perfeito. Ela arrebata, completa, transborda, fazendo as letras tomarem formas no mundo. Formas que aliviam, aquecem, salvam. Benditas sejam as palavras, que escolhem a hora de surgir.

Luzz
Enviado por Luzz em 30/05/2021
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