Rompante

As coisas normalmente acontecem de forma muito sorrateira, como se fosse uma raposa se esgueirando entre as plantas de um bosque para capturar o pequeno coelho saltitante. Claro que nessa colocação apenas eu sou coelho - ou será q seria a raposa?...

Em uma única rachadura, as coisas jorram como água que escapa de uma barragem, tudo irrompe em uma onde forte de água que leva tudo o que vê pela frente, tudo se transforma em um único sentimento, a raiva apossa cada pensamento e movimento do corpo. Tudo é sorrateiro até o rompimento da barragem, então tudo vira uma grande tsunami.

Quando o tsunami ganha tamanho e poder, de repente precisa ser contido, não se deve machucar aquilo que se ama. Em torno de toda essa bagunça o tsunami cessa é uma pequena chuva vem em seu lugar. Sem arco-íris, sem alegria, apenas o rompante de uma chuva triste como aquelas descritas em livros durante momentos que açoitam nosso coração.

Encontro-me desta exata forma nesse momento, em um rompante de lágrimas, uma chuva descrita em livro. E acredito que este pensamento esteja tão confuso no papel como está em minha mente.