Jeitos diferentes de chamar a mesma coisa.
Em um país culturalmente rico como o Brasil, passamos algumas dificuldades quanto a lingua, o regionalismo, pois como se não bastasse as inúmeras e confusas regras gramaticais, ainda tem o pluralismo cultural.
Venho da Paraiba tenho hábitos regionais, conheço algumas coisas por um nome,, que aqui conhecemos por outros nomes.
Certa vez, recem chegada na cidade, fui comprar alguns materiais escolares, cheguei no balcão e perguntei: - Moço você tem papel ofício? (Detalhe, esse nome vem escrito nas embalagens)
O moço ficou pensando e respondeu : - Não, não tenho. Só que eu estava vendo o papel na prateleira.
-Moço tem sim, olha aí atrás do senhor.
Ele girava, olhava e não via, eu já zangada achando que ele estava zombando de mim, como diz aqui, me tirando.
Já brava pedi que olhasse na prateleira tal, próximo aos itens tal, ele pegou o pacote de papel e falou: - Não tem moça, só tenho o sulfite, entendi o que estava acontecendo e lhe expliquei o embate, pois o papel ofício e sulfite tem nomes regionais diferentes, assim como a cartolina guache lá, aqui color set, dindim/geladinho; munguzá /canjica, canjica/cural, bolacha lá não é recheada, o recheado lá é biscoito, invertido, etc.
Como boa nordestina uso muitas expressões coloquiais tipo: OXE! Por exemplo, falo alto, rápido, principalmente se me empolgo, ou estou brava, aí desanda tudo, tem que apertar a tecla SAP, para traduzir.
É muito interessante essa riqueza cultural.