Promessa
Sou do mês de janeiro e tenho a alma brejeira,
Meu planeta é Saturno, cedo acordo e tarde durmo.
Não conheço meu mapa astral, tudo bem, não faz mal.
Sigo plantando sementes de amor por tudo que é canto que eu for.
Acredito que nessa vida só o amor enobrece, nada mais floresce.
E caso floresça, atirarei cal nesse solo para que não vingue o dolo.
Caprichos eu os tenho, pois sou mulher e não simples bicho.
Mas procuro ser serena e abandonar o fardo terreno.
Fardo que aqui mesmo deixamos quando partimos e nada levamos.
Carioca e espírita kardecista, sigo com alguma malandragem, mas do bem não desisto.
Como todo brasileiro consciente faço votos notáveis para uma vida mais estável e consistente.
Com mais respeito aos cidadãos, que lhes acatem os direitos como irmãos.
E apesar de não me afeiçoar à política, peço que façam uma ligeira autocrítica.
Como esta que a mim imponho como obrigação e não um sonho.
De que irei me lapidar no ano que está a se aproximar.
Distribuirei mais sorrisos, ouvirei mais, gastarei menos e com mais siso.
E quando alguém me desacatar contarei mil vezes antes de me esquentar.
A vida é um bem especial a ser celebrada sempre, não somente no Ano Novo e Natal.
Pulando, vibrando e colaborando com todos os amigos e até desconhecidos
Tal qual Copacabana em sua festa de fogos, folia e o traje alvo como a pomba branca.
Brancura que remete à paz, reconciliação, amor e fé no futuro.
É apenas o muito que desejo para nós, cada um com seu pedaço, pois o meu eu mesma faço.