Solidão
Abro os olhos, vejo o horizonte, céu azul, pássaros cantando, gotas de orvalho nos galhos, sol da manhã batendo.
Sob um velho jacarandá me levanto, olho os verdes campos a minha volta, gado leiteiro pastando, um rio que mais parece uma serpente luminosa passando perto de mim.
Ando um pouco, chego até o rio, lavo meu rosto e vejo, na água, os momentos bons que passamos juntos, as palavras doces, os gestos de amor, os olhares meigos.
Agora, sem você, tudo me parece vazio. O céu não é mais azul, os pássaros não cantam, não há gotas de orvalho nos galhos, não existe sol.
Sem você nada existe, eu não mais vivo, eu vegeto.
Solidão dentro do peito, lembranças guardadas, momentos vividos...
Pego minha mochila, jogo-a nas costas e continuo andando, para a estrada, para a vida.
Mas sem você não dá...