ALMA E CONSCIÊNCIA

A combinação de pensamento, crença, sentimento e emoção conduz à ação que constrói a nossa realidade. Quando praticamos a prudência, criamos o nosso próprio mundo. Apesar de muitas influências externas trabalharem continuamente para refutar isto.

A impermanência e o condicionamento como componentes da vida, nos leva a pensar nos limites e na validade de nossa experiência e afeta as nossas expectativas sobre o futuro.

Nossa mente precede os seus objetos, como algo posicionado que existe independentemente do sentido e da percepção.

Como propriedades subjetivas, o espaço e tempo portam os objetos da experiência que torna possível o conhecimento, pois, apenas os objetos mentais estão diretamente presentes na mente, apesar de os objetos de percepção, pessoas e coisas ao nosso redor, sejam realmente objetos mentais.

Percebemos o mundo através de nossos sentidos, que são partes reunidas do nosso corpo auxiliando a nossa mente a interpretar nossos sentidos do mundo ao nosso redor. Através da mente, como base, e uma ideia como seu objeto, pensamos as coisas. Pela audição, tendo o ouvido como base e um som como objeto, escutamos os sons. E assim por diante. Portanto, a nossa consciência depende dos nossos sentidos físicos reunidos, e não existe independentemente dos mesmos.

Mas, o que podemos dizer sobre nossos sentimentos com relação à nossa consciência? Nos relacionamos ao nosso mundo através do nosso conhecimento da realidade em vez da própria realidade, que nos conduz a diferente expectativas, desde o sofrimento e a opressão entre o bem e o mal, o certo e o errado. Como o amor se relaciona com a nossa consciência?

Podemos dizer, que estar em consonância com a consciência do amor é cumprir o nosso propósito na vida, pois o amor é o significado da própria existência. A consciência da nossa experiência, na sensação de como é ver a cor azul ou apaixonar-se, jamais poderia ser reduzida a padrões de neurônios.

“Amor, o sentimento que acorda a alma, faz pulsar o coração, ilumina a mente com a deliciosa ilusão de visões novas sobre as coisas e a vida, trazendo paz e um renovado sentido de viver, que provoca a proximidade, é um raro e inesperado achado, cujo nome contem quatro letras do tamanho do resto de nossa vida." Como o comparar a uma atividade cerebral?

E quanto à paz, “...o sentimento manso do prazer da apreciação de olhar dentro de si, e ver como as coisas se juntam e movem-se em par na dança da harmonia dos sentimentos com nossos atos, afirmando o contentamento em viver guiado pelo reconhecimento e a humildade, grato por aqui estar. É a aceitação e a participação caminhando unidas, amando sem dúvida, agindo sem culpa em direção a uma conclusão aceitável.”

E o perdão? “...Concedendo o perdão, desistimos da vingança e resignamo-nos no direito, sem renunciar a lembrança.”

E a nostalgia? “A lembrança do amor deixado para trás, presente na saudade da alma, dizendo para onde ela quer voltar.”

Como relacionarmos estes sentimentos com nossos sentidos físicos?

Os nossos próprios estados de consciência, que vão do amor ao medo, e da lucidez à confusão, irradiam para fora para influenciar a nossa vida.

“A unidade absoluta da vida, a voz da alma, é afirmada pelo desígnio singular da verdade, que, como o conhecimento, não é um fabrico criado ou definido pela mente humana, nem assimilado pelo intelecto e, atesta a irrealidade das características das coisas.”

“Da mesma forma, a fala do íntimo, através da qual é proferida a oração, não é revelada por louvor, assim como, o que compreende o pensamento, não é assimilado pela consciência nem distinguido pelos olhos, ou, escutado pelos ouvidos.”

Seria a alma e a consciência humana uma única propriedade? Seria a voz da alma apenas um sentimento, um conhecimento momentâneo de algo, por ser o mundo inconsciente possível de existir independentemente do consciente?

E quanto a fé? Qual é a relação da fé e a consciência? Podemos pensar que a consciência é uma parte vazada da alma que é usada para acionar experiências dentro de uma realidade, criando memórias e emoções que fundamentam nossas experiências, pois os nossos pensamentos moram dentro do mesmo nível e espaço que a alma.

A voz da consciência é a expressão da autoridade moral dentro de nós, presente para nos guiar para um sentimento de culpa e justiça.

A voz da alma é a presença do espírito em nosso corpo, que o faz viver, tornando o corpo e a alma dependentes um do outro. É a alma que mostra o equilíbrio para a mudança, para um comportamento mais autêntico no mundo.

É importante manter a nossa consciência tranquila. Quando nos condenamos por algo e não o corrigimos, permitimos que a nossa fé e relação com Deus, seja afetada.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 19/05/2021
Reeditado em 21/05/2021
Código do texto: T7258926
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