Nem sempre são, nem tão a salvo.

Acho que li esse último com a atenção

e cuidado que você tem ao lê-los;

como quem segura no colo um serzinho

frágil, para ver o que há.

Chorei a emoção do dia da escrita,

Que não deixou de ser verdade,

mesmo com tantos anos passados.

Mas, penso, é a vida.

E - como diz – a ancestralidade

me lembrando o quanto sou forte

e determinada nos meus ideais.

Todavia, não significa dizer que

meu coração é de pedra.

Ou talvez até seja.

Mas tenho também uma

certeza.

Ele é muito mais que isso.

Transborda as emoções e

envia mensagens ao meu cérebro

que, por sua vez move a caneta

e espalha a tinta no papel.

Às vezes, me sinto no céu.

Outras, parece que a vida é

só fel.

Mas, quase sempre,

sinto um alívio.

Logo depois que o sentimento

preso foi no papel despejado.

Volta e meia saudando um

ser amado.

Outras colocando o amargor

de lado.

Nesse meu mundo,

com tudo tão enclausurado,

por vezes o vaso

não aguenta a pressão.

Provoca uma fissura.

Então vaza o sentimento,

O lamento;

a dor;

o amor;

algumas vezes a desilusão;

muitas outras vezes a paixão.

E, por alguns momentos...

Não foi tudo em vão.

Sinto-me de novo são.

nouvellelune
Enviado por nouvellelune em 16/05/2021
Código do texto: T7256930
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