Nem sempre são, nem tão a salvo.
Acho que li esse último com a atenção
e cuidado que você tem ao lê-los;
como quem segura no colo um serzinho
frágil, para ver o que há.
Chorei a emoção do dia da escrita,
Que não deixou de ser verdade,
mesmo com tantos anos passados.
Mas, penso, é a vida.
E - como diz – a ancestralidade
me lembrando o quanto sou forte
e determinada nos meus ideais.
Todavia, não significa dizer que
meu coração é de pedra.
Ou talvez até seja.
Mas tenho também uma
certeza.
Ele é muito mais que isso.
Transborda as emoções e
envia mensagens ao meu cérebro
que, por sua vez move a caneta
e espalha a tinta no papel.
Às vezes, me sinto no céu.
Outras, parece que a vida é
só fel.
Mas, quase sempre,
sinto um alívio.
Logo depois que o sentimento
preso foi no papel despejado.
Volta e meia saudando um
ser amado.
Outras colocando o amargor
de lado.
Nesse meu mundo,
com tudo tão enclausurado,
por vezes o vaso
não aguenta a pressão.
Provoca uma fissura.
Então vaza o sentimento,
O lamento;
a dor;
o amor;
algumas vezes a desilusão;
muitas outras vezes a paixão.
E, por alguns momentos...
Não foi tudo em vão.
Sinto-me de novo são.